quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Brain exercise.

Bem, todo o papo sobre o fim do petróleo é verdadeiro, discutido e rediscutido. Assim como a importância de se pensar em fontes energéticas alternativas e limpas, ainda mais com a tendência global do despertar para a questão ambiental. O uso do petróleo como combustível fóssil é poluente para a camada atmosférica, como outras fontes também o são; porém, em menor escala.

O Brasil é detentor de condições naturais invejáveis a outros países, com capacidade para instaurar exploração de energia eólica, hidráulica, solar.. Entretanto, apesar de todo o alarde sobre o aquecimento global e as possíveis - novas - guerras pelo petróleo, pouco anda se investindo nesses setores. Duas coisas podemos concluir a esse respeito: é, o brasileiro sempre deixa pra última hora; e, há sempre um motivo capetalista por trás de quase tudo que vemos. Certas atitudes já são clássicas, do tipo das grandes empresas "lobos em pele de cordeiro", que fazem papel de conscientes sociais quando veêm que isso dá mais lucro.

Pois é, pra não perder o costume, vou divagar sobre alguns desmembramentos desse assunto também.

O Nordeste é, obviamente, a região do país com maior incidência solar. O investimento na opção solar seria a melhor pedida, visto que é uma fonte renovável e não poluidora, além de ter custos baratos...após a instalação. Mas as instalação ainda é o problema. As células voltaicas que transformam a energia solar em elétrica, apesar de já terem sido mais caras, continuam pouco acessíveis para a maioria da população. E como seu desenvolvimento tecnológico ainda está em nível inicial, não é rentável usá-la atualmente em larga escala - indústrias etc. Podíamos começar a investir nisso, certo?

Sobre as condições climáticas para a energia eólica, também estamos bem. O Nordeste também apresenta bons índices nessa área, com ventos regulares e intensos. Além disso, a instalação das turbinas tem impacto ambiantal mínimo, deixando a área livre para agricultura ou pecuária.

Bom, quanto ao uso dessas fontes em nosso estado?

Sobre a solar, retirado do site da Tribuna do Norte ( http://tribunadonorte.com.br/noticias/91133.html ):
"Temos registrado um crescimento de uns 10% ao ano, mas o mercado ainda não foi sequer ‘arranhado’, pois muitos desconhecem essa tecnologia. A grande barreira ainda é o custo inicial, que é alto, mas as vantagens são inúmeras”, afirma o engenheiro Juvenal de Macedo Filho, proprietário de uma das mais antigas e conhecidas revendedoras de produtos de energia solar no Estado, a Solir."

A energia eólica também é pouquíssimo difundida, representando porcentagem mínima no quadro do consumo geral, contudo é mais utilizada que a primeira. Um parque, montado em Guamaré, tem capacidade de 80 megawatts de energia elétrica.


A estrutura energética do Brasil tem sua matriz no binômio petróleo & biomassa. Ao petróleo foi dado incentivo por esse fornecer o combustível que alimenta o tranporte rodoviário. Sistema de locomoção esse, que atrasa a economia do Brasil. Porém, no tempo de JK, era preciso dar respaldo às grandes montadoras que se instalavam no país. Um país grande como esse e com tantos eixos fluviais deveria ter um moderno sistema de ferrovias conectando as regiões, ao invés de um oneroso sistema rodoviário que viaja vagarosamente em estradas esburacadas, além de maiores investimentos nos tranportes em via hidráulica, que, assim como os trens, têm maior capacidade para quantidade de material a ser transportado do que os caminhões - e seus derivados -, que precisam de um frota para transportar a mesma matéria transportada em um trem ou em um navio. Países desenvolvidos e industrializados têm um sistema ferroviário que deixa o brasileiro pra trás, literalmente, "comendo fumaça". Segundo reportagem da Veja de 2003:

"Hoje o Brasil é um exemplo de atraso ferroviário. Tem menos linhas que México, Argentina e China. O investimento em ferrovia se justifica do ponto de vista ambiental, pois os trens funcionam como alternativa aos caminhões. Além disso, as ferrovias reduzem significativamente o custo do frete, o que em alguns setores pode ser decisivo. No caso do minério de ferro, o custo do transporte chega a quase metade do preço do produto."

Ou seja..Só há investimento real quando há um lucro maior e quando o sistema não deixa algum setor da economia na mão. É o que se fala sobre a indústria farmacêutica e as células tronco, por exemplo. As células tronco são células que têm a capacidade de se "moldar", "transformar" em qualquer outra célula do corpo. Isso representaria o fim da utilidade de milhões de remédios e um rombo para as farmácias. E assim acontecem com várias outras coisas.

O álcool só começou a receber grandes investimentos depois do choque do petróleo, em 1973. Foi quando criou-se o proálcool e o governo subsidiou o plantio para vários agricultores, gerando, ao fim, aumento da dívida pública. O setor das hidrelétricas ficou sem receber investimentos durante anos e, somando-se às empresas privadas que não se comprometeram em aumentar a produção, chegamos ao ponto crítico do "apagão". Então, o governo, pra achar uma solução a curto prazo, investiu na construção do Gasoduto Brasil/Bolívia.

Resumindo a ópera, está na hora de cortamos essa mania de só acordar pros nossos problemas quando eles estão na batendo na nossa cara. E tentarmos resolvê-los pensando mais no bem estar das pessoas e menos no dinheiro.


p.s.: "Conhecimento é a única virtude, e ignorância o único vício". Foi o que o meu orkut me disse hoje.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Confiança

Diga-me, um homem são, para onde iríamos sem ela.