quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Óptica

E o que é o amor senão um devaneio ébrio? Uma idealização, um kitsch sentimental, uma utopia irresoluta?

Quanto tempo se leva para dizer "eu te amo"? E quanto tempo se leva pra não amar mais?
Se o ser já é efêmero, o amar é um estado ainda mais transitório dentro do campo da efemeridade.

Quando um casal troca juras de amor, aquilo é mesmo amor? E quando eles terminarem, aquilo foi mesmo amor? Frágil assim, como vento na areia?

Fomos compelidos a amar, fomos obrigados a achar que o amor é uma das essências humanizadoras. Até que o "amor" se tranformou numa banalidade.

Tem quem diga que o amor faz parte da volúpia. Tem quem defenda Platão.
Tem quem não acredite. Tem quem não se importe. E tem quem não suporte a "insustentável leveza do ser".